segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Violência

"O Brasil é o país do futuro
Em toda e qualquer situação
Eu quero tudo pra cima
Pra cima"
Legião - 1965 (Duas Tribos)
.
Durante muito tempo e até hoje, no Brasil, vejo políticas de incentivo à redução da mortalidade infantil. Ótimo! As assistentes sociais pesando crianças, medindo, orientando quanto a amamentação, vermifugação, desidratação e tudo mais.
Mas o Brasil peca, no meu modo de ver, quanto ao outro lado. Está se cavando um buraco pra tapar outro! Essas crianças que conseguem superar a morte prematura encontram na adolescência e na juventude um mundo ostil e sem oportunidades de educação e trabalho.
Assim são recrutadas pelo crime, pois: "se tiver que dar tiro joga a culpa no adolescente que pega no máximo 3 anos de gancho na Febem". E acabam morrendo não mais com 5, 10 ou 15 meses e sim com 14, 15, 17 anos. A política pública nessa questão está apenas mudando a data de óbito.
Os adolescentes sem perspectivas e recrutados pelos criminosos geram mais violência.
Penso que se não tivermois uma política coordenada de incentivo a redução da mortalidade infantil, mais oportunidade de educação ,cultura e emprego aos jovens e um intenso trabalho de controle e conciência da natalidade não teremos uma redução da violência.
* 30 de janeiro - Dia mundial da Não Violêcia.

2 comentários:

Camu disse...

É Rô, são muitos os passos e cuidados que devem ser tomados para rumarmos de fato para um país menos violento. A violência se apresenta de diversas formas, tem várias caras, se apresenta na arma na mão de um bandido,numa criança pedindo esmola na rua, na quantidade de buzinas acionadas no horário do rush, etc... São muitos passos a serem percorridos... mas temos que começar pelo menos não compactuando com o que acontece e fazendo a cada dia apenas a nossa parte!
Te amo!
beijo beijo beijo

Unknown disse...

Rodrigo, realmente não adianta só trabalhar numa fase da vida. Ainda tem os adultos e os idosos. Esses últimos, merecendo todo o respeito, dignidade e "regalias" a que têm direito. Protelar não é a solução. Como a Camu disse, são muitos passos. Mas temos que percorrê-los e dar rítmo a marcha para que dê tudo certo.
Beijo